Há três anos, saía à noite todas as sextas e sábados; trabalhava e o que ganhava era gasto em saídas, compras e coisas pouco úteis; não tinha ninguém a depender de mim e agia sem pensar; era impulsiva; a minha insegurança influenciava as minhas decisões; tinha uma constante necessidade de ter gente à minha volta; tinha um namorado que adorava e que julgava ser para a vida; ficava acordada a noite toda à conversa com amigos na net; todas as semanas conhecia gente nova; fazer directas era o prato do dia; não sabia medir quantidades na cozinha e isso pouco me preocupava; a minha vida girava à volta do meu namorado e dos meus amigos; não tinha nenhuma amiga com filhos, nem nenhuma que para lá caminhasse.
Hoje, saio à noite de vez em quando e, raramente, os dois dias; terminei o curso que queria e estou a esforçar-me mais do que alguma vez o fiz para arranjar emprego; o dinheiro que vou tendo é gasto moderadamente e não me lembro da última vez que comprei roupa; tenho uma pequena pessoa a depender de mim e, antes de fazer ou combinar seja o que for, tenho que o ter em conta primeiro; não faço nada sem ponderar todos os prós e contras; a insegurança é uma parte mínima daquilo que sou hoje; passo a maior parte do tempo sozinha e a minha lista de amigos reduziu drasticamente; namorado nem vê-lo; à meia noite já tenho sono e ficar acordada a noite toda na net é impensável; contam-se pelos dedos as vezes que conheci gente nova este ano; directas são coisa rara e o depois requer muitas horas de sono; agora, todos os dias tenho que cozinhar e preocupo-me em aprender a fazer coisas novas; a minha vida gira à volta do meu filho, a minha prioridade número um; desde que engravidei, já perdi a conta à quantidade de mulheres grávidas e mamãs que já conheci.
Dizem que as pessoas não mudam. E talvez seja verdade. Não mudam, a base do que são está lá e é sempre a mesma, mas adaptam-se. Ninguém me pode dizer que a pessoa que eu era há três anos é a mesma que sou agora. Tudo isto fez com que tivesse que me ajustar à vida que tenho hoje... e, quando me dizem, que já não me reconhecem, eu apenas sorrio.
Concordo com isto sim!
ResponderEliminarAs pessoas mudam!
Quando se tem filhos então tudo muda, há tanta gente à nossa volta que desaparece!
Mas temos o melhor do mundo que são os nossos filhos:)
Carla, é mesmo. Parece q desapareceram quase todos qd engravidei. Mas, tal como dizes, temos o melhor do mundo ;)
ResponderEliminarDei uma olhadela no teu blog e gostei. ;)