quarta-feira, 24 de julho de 2019

Mais um...


Um ano depois da perda inesperada do meu tio, a minha família voltou a ficar mais pobre com a morte (já esperada, mas não menos dolorosa) do meu avô materno. Nunca tive, como já referi aqui, uma ligação aos meus avós como oiço pessoas da minha geração descrever. Ainda assim, era o meu avô. Que no último ano, deixou a casa dele para andar entre a da minha mãe e a da minha tia e, por último, no lar, onde o encontrávamos cada vez mais acabado e alheado sempre que o íamos visitar. Nem imagino o que a minha mãe estará a sentir, perder o pai tão pouco tempo (para mim, ainda é pouco tempo, mas talvez seja sempre?...) depois de ficar sem o irmão. 

Ultimamente, com o crescimento do meu filho e todas as mudanças a nível académico, o nascimento da minha filha e o jantar de turma, tenho-me sentido muito nostálgica. Se a minha infância e adolescência me trazem boas memórias, não é apenas porque fui feliz nessa altura, mas também porque não havia a sombra da morte a pairar. Não havia a noção de mortalidade tão presente na minha vida, para mim era ainda um acontecimento muito longínquo. Nos últimos anos, já comecei a ter outra percepção, claro... ao ver as pessoas envelhecerem, os meus avós a deixarem de conseguir fazer tudo o que faziam...

Enfim, o post já vai longo para dizer apenas que lamento por ele, por mim, por toda a família e que não há morte fácil de aceitar. É duro. Descansa, avô.

terça-feira, 23 de julho de 2019

Ave rara

Nunca vi Game of Thrones. Nem La Casa de Papel.
Não tenho whatsapp.
Nunca usei um hashtag.
Nunca fiz uma instastory.
Detesto praia e verão.
Não uso calças de ganga.
Só uso o cabelo atado em casa. Nunca na rua. Nem no ginásio.
Não bebo café.

Sim, isto não faz de mim única neste mundo, mas certamente parte de uma minoria.

sábado, 20 de julho de 2019

Aos 15 anos...


Esta era eu aos 15 anos. Esta foto foi tirada em 2004 por aquela que continua a ser a minha melhor amiga. A minha imagem de marca durante anos foram as meias até ao joelho, tinha imensos pares às riscas de diferentes cores e usei-as ainda no secundário, que foi a altura em que, eventualmente, me despedi delas. Vestia-me muito por camadas (ainda hoje...) e já tinha começado a dispensar as calças (há anos que me tornei fã de saias). Sempre fui um bocadinho sui generis na forma de vestir, acho que continuo a sê-lo. Nunca fui em modas, sempre comprei a roupa de que gostava e me vesti como queria, sem pensar se os outros achariam que estava mal. Há 15 anos era uma miúda segura de si e que ignorava as opiniões alheias e hoje continuo; já não miúda, infelizmente 😂, mas igualmente bem resolvida. Só uma ressalva: qual é a miúda de 15 anos que se veste assim hoje?? Querem todas parecer tão adultas... calma, meninas, têm a vida toda para isso.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Crianças confusas?

Há uma coisa que me faz imensa espécie na ficção e que se prende com a actuação de crianças pequenas. E não me refiro a estarem a trabalhar (nunca irei entender os critérios para classificar trabalho infantil), não é disso que se trata, nem pretendo criticar isso com este post. O que me intriga é como é que aquelas crianças (falo entre 1 a 3 anos) respondem a todo aquele fingimento. Uma coisa tão simples como o nome. Se a criança se chama David e lhe chamam João, ele reage? Ou usam o nome real da criança para obter uma resposta? E não ficam estes pequenos um bocado confusos ao serem tratados como filhos de pessoas que não lhes são nada? Ao ouvir da boca de todos os que os rodeiam naquele momento que aquelas pessoas são os seus pais? Crianças um pouco mais velhas entendem que não é real, que é uma "brincadeira", mas assim tão pequenos parecem-me novinhos demais para perceber isso. Alguém tem experiência nisto que me possa elucidar? Qual a vossa opinião? Sou a única a questionar-me??

quarta-feira, 17 de julho de 2019

O que se chama a isto?

Pessoa é despedida durante a baixa pré-natal no início de abril. Pessoa não vai à empresa buscar o papel para activar o subsídio de desemprego. Pessoa tem o bebé em meados de maio. Pessoa deixa passar os três meses de tempo limite desde a data de despedimento e nem vai buscar o papel, nem trata de nada para receber o dito subsídio. 

Pessoa anda a gravidez toda com os papéis para pedir o abono pré-natal. Pessoa demora uns meses para imprimir o formulário e outros tantos para os preencher. Pessoa manda-te uma mensagem da maternidade, a horas de ter a criança, a pedir-te para fazeres o pedido enviares os papéis pela segurança social directa.

Pessoa tem uma lista (que tu lhe deste com antecedência) do que vai precisar de certeza absoluta para o bebé (com a experiência de quem tem dois filhos, um dos quais ainda bebé). Pessoa é advertida que deve fazer a mala da maternidade com tempo. Pessoa vai ter a criança sem nada arrumado, com metade das coisas numa casa e a outra metade noutra.

Podia enumerar aqui mil coisas... mas fico-me por aqui. Como classificam uma pessoa assim?? A sério que até me dá comichões...😒

terça-feira, 16 de julho de 2019

O Meu Conto de Fadas #22

O spot

No ano de 2013, passávamos muito tempo com duas amigas num sítio que passou a ser conhecido entre nós como "o spot". Íamos para lá muitas noites para fazer absolutamente nada. Apenas conviver, fumar (tempos houve em que eu era capaz de pegar num cigarro sem me pesar na consciência...), ouvir música, tirar fotos, conversar... e aprender a conduzir (mal e porcamente 😂), já que o B. era o único com carta e deu-nos umas amostras de aulas. Não era um sítio abandonado, até tem uma escola primária, mas é uma estrada onde não há trânsito fora do horário escolar. Sinto algumas saudades dessas noites sem preocupações.













segunda-feira, 15 de julho de 2019

Vizinhos - Ódio de estimação!

A todos os vizinhos que batem com a p*ta porta de casa e do prédio à 1 da manhã como se fosse o portão do quintal, que deixam a criança correr a bater com os pés depois das 10 da noite, que gritam e guincham como pequenos primatas, que sacodem tapetes a bater nas minhas janelas, que andam de saltos altos às 6 da manhã, que usam o berbequim às 8 da noite, que gritam dentro do prédio, que ouvem música durante o dia de modo a fazer o meu chão tremer, que abrem e fecham as persianas como se as quisessem arrancar... Desejo que tenham uma caganeira tal que vos faça perder 10kg e chamar melhor amiga à sanita. Odeio-vos a todos.

domingo, 14 de julho de 2019

Locais a conhecer #13 \\ World of Discoveries, Porto

O World of Discoveries é o Museu das Descobertas, um museu interactivo dedicado aos Descobrimentos. Localizado na Rua de Miragaia, abriu ao público a 25 de abril de 2014, oferecendo uma viagem histórica pela Epopeia dos Descobrimentos Portugueses, relatados a partir de cenários construídos à escala real. Tem salas temáticas com a evolução das embarcações, instrumentos de navegação e cartografia. O espaço museológico tem uma zona navegável com réplicas de pequenos barcos, onde são recriados os caminhos marítimos desbravados pelos portugueses, com passagens pela China, Japão, Indonésia, Índia, Norte de África e Brasil. As visitas são orientadas por guias vestidos à época quinhentista.

Posto esta apresentação, a minha avaliação deste museu é 5 estrelas. Os cenários estão muito bem conseguidos e a viagem de barco é o ponto alto da visita. Todo o espaço é muito envolvente e educativo. Visitámos o World of Discoveries no ano passado, pela nossa lua-de-mel, e tencionamos lá voltar com o filho mais velho, temos a certeza que ele ia adorar! É uma boa forma de ensinar os nossos filhos, aconselho vivamente a que façam esta visita em família.







































Refúgio

Sempre fui uma pessoa saudosista. Sempre fui muito de fotografar tudo para ter memórias físicas de todos os momentos. Mas desde que acontece...