Como referi aqui, na última publicação desta rubrica, o B. acabou por confessar-me que gostava de levar a nossa relação para um nível mais sério. Eu não estava preparada para isso, mas também não queria deixar de estar com ele. Não deixei que a conversa desenvolvesse muito no sentido de oficializar a nossa relação (até porque eu ainda não estava solteira, tampouco), mas continuámos a ver-nos. E, embora eu não quisesse admitir, aquilo que sentia por ele começava a evoluir e prova disso foi deixar que ele conhecesse o meu filho. Um dia, em que eu não estava a trabalhar, o B. veio ter comigo a casa dos meus pais. O meu filhote estava a dormir a sesta (tinha 2 aninhos na altura) e nós ficámos a conversar e a ouvir música (vá... e um beijinho ou outro!) até ele acordar. Acordou, vesti-o e levámo-lo ao parque. Dei-lhe lanche antes de ir brincar. Estava fresco e era dia de semana em horário laboral e escolar, pelo que não havia ninguém no parque. Ele andou no que bem quis e cravou o B. para andar com ele de escorrega e tudo. Não estranhou a presença dele, deram-se bem e inclusivé passaram uma série de tempo num banco de jardim a brincar com as folhas secas de outono. Apanhavam as folhas, colocavam-nas em cima do banco e depois mandavam-nas para o passeio novamente. E repetiam o processo, enquanto o pequeno se divertia imenso com aquilo. Sim, o meu filho entretinha-se com pouco (ainda hoje, é assim). Quando chegou a hora, fomos levar o B. ao comboio e ele tentou dar-me um beijo de despedida, que eu recusei. Sim, gostava dele o suficiente para o apresentar ao meu filho, mas não achei que fosse ainda altura de lhe mostrar que não éramos simples amigos. Claro que ele ficou desconcertado, mas entendeu quando eu, mais tarde, lhe mandei SMS a explicar que não queria que se passasse nada entre nós à frente do pimpolho. Foi um momento constrangedor, aquela despedida, mas guardo essa tarde com carinho na memória.
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Fizeste muito bem. A calma nunca fez mal a ninguém... :)
ResponderEliminarQue história tão gira :)
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