segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Sacrificar a própria felicidade


Acho tão triste pessoas que passam uma vida inteira a negar quem são. Pessoas que sabem desde cedo que são homossexuais ou mesmo aquelas que acabam por chegar a essa conclusão (ou à aceitação desse facto) mais tarde na vida e, ainda assim, escolhem a via mais confortável e ficam como estão. Muitas delas casadas uma vida inteira com alguém do sexo oposto. 20, 30, 40 anos de negação, de vida em comum com alguém que não amam. Constroem uma vida, uma família, têm filhos e netos. Eventualmente, algumas decidem pôr um ponto final nessa situação e assumir a orientação sexual, outras, nem por isso. Sacrificam a felicidade pessoal para não perturbar a estrutura familiar, não destruir a ideia que o companheiro tem deles, para prevenir reacções menos boas por parte dos filhos ou dos netos. Viver uma vida plena com alguém que se ama é das melhores coisas da vida, poder partilhar as nossas vitórias, a nossa felicidade, todos os nossos momentos com alguém que amamos. Como é óbvio, podemos fazer tudo isto com alguém por quem não nutrimos esse sentimento, essa pessoa também estará lá para nós e irá apoiar-nos, mas... certamente que nos sentimos incompletos. Uma relação com alguém que não amamos não nos preenche. Esta publicação não é uma condenação a quem escolhe viver assim, é apenas a minha opinião e o desejo de que toda a gente fosse capaz de ser feliz. E acho que é só triste quando há pessoas que escolhem esse caminho para elas. 

7 comentários:

  1. São situações muito complicadas em que a sociedade é a pior inimiga...toda a gente tem o direito de ser feliz ao lado de quem mais ama!
    Beijinho, Ana Rita*
    BLOG: http://www.margheritablog.com/ || INSTAGRAM: https://www.instagram.com/rititipi/ || FACEBOOK: https://www.facebook.com/margheritablog/

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    1. É verdade, mas a pressão da sociedade, às vezes, fala mais alto :/

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  2. Não deve ser fácil para quem já tem toda a estrutura familiar "montada" revelar tal coisa. Ainda assim acho que viver na mentira de que não se é, ou não se quer ser deve ser muito mais doloroso. Mas compreendo perfeitamente quem tenha dificuldades em revelar-se!

    https://jusajublog.blogspot.com/

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    1. Claro que sim, eu também compreendo. Só que é escolher ser infeliz toda a vida, não afecta ninguém a não ser o próprio, mas é triste.

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  3. São situações que podem ser muita coisa, menos fáceis.

    Principalmente como dizes, se estão juntos aos anos, isso é quase uma afronta.

    Beijocas

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    1. Claro, deve ser bem difícil, principalmente nesses casos. Mas toda a gente tem o direito de ser feliz, não é? :)

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  4. Quase parece mentira mas ainda ontem falei disto com o meu namorado. Há quem diga que isto de "ser homossexual" parece ser moda. Mas não, sempre existiu. A única diferença é que antigamente (e ainda hoje!) a maioria das pessoas não tem coragem de se assumir com medo de represálias. E deixa-me triste saber que há quem não viva o amor na sua plenitude com medo do que lhe possam fazer ou com medo de ser ostracizado pela sociedade. Amor é amor. Tenho esperança que um dia o mundo veja isso.

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