Sinopse: Claire Bennet é uma mulher traumatizada e depressiva, que busca ajuda num grupo para pessoas com dores crónicas. Quando um dos membros do grupo, Nina, comete suicídio, Claire fica obcecada pela história desta mulher, e começa a investigar a sua vida. Aos poucos, começa a desenvolver uma relação inesperada com o viúvo de Nina, Roy.
Opinião: Um filme que nos traz a dura realidade de lidar com a morte de um filho. Apesar de este assunto mal ser tocado ao longo do filme, assistimos do início ao fim à dor física e emocional desta mãe que se entope de medicamentos, que se separou do marido, que se entregou à raiva e à frustração pelo que lhe aconteceu. Acho que o filme tem muitas partes pouco exploradas e uma história pobremente construída, mas é verdadeiramente emocional e revela uma faceta desconhecida de Jennifer Aniston. Eu, pessoalmente, sempre relacionei esta actriz com comédias e isto é precisamente o oposto. Ela conseguiu imprimir uma dor crua e genuína na sua Claire, foi simplesmente perfeita no papel.
Sinopse: A história do Chile da década de 20 aos anos 70 é contada através da saga da família Trueba, que começa com a união de um homem simples, que fica rico, com uma jovem de poderes paranormais. A saga se desenvolve até esta família ser atingida pela revolução, que no início da década de 70 derrubou o presidente Salvador Allende.
Opinião: Talvez para quem não tenha lido o livro, seja um bom filme. Desde que comecei a ver filmes depois de ler os livros, acho que nunca nenhum tinha fugido tanto ao que li. Foi uma desilusão enorme. No livro, o personagem principal, o senador Trueba, tem a fazenda de Las Tres Marias, mas a família vive numa mansão na cidade, cheia de cantos e recantos, labirintos e quartos, cheios de espíritos que acompanham a mulher, Clara, toda a sua vida. No filme, a vida deles é toda em Las Tres Marias, não se dá o devido destaque aos poderes paranormais de Clara, nem tão pouco ao seu contacto com os espíritos que é tão pisado e repisado no livro. No filme, só têm uma filha, quando no livro têm dois gémeos além dessa filha. Filhos esses cuja vida é relatada, quando vão para o colégio, quando se apaixonam pela mesma mulher, quando essa mulher tem um irmão que acaba por se envolver com a neta de Trueba, anos mais tarde. Essa mesma filha, Blanca, casa-se com um conde de quem mais tarde se separa por descobrir os seus prazeres obscuros com os empregados da casa e no filme o conde é uma personagem muito passageira, com quem Blanca mal fala. A neta de trueba, Alba, no livro, chega à idade adulta, envolve-se com Miguel, um revolucionário, é perseguida pelas Forças Armadas quando tomam o país às suas mãos. No filme, nunca passa de uma criança e todos estes ataques são feitos a Blanca, sua mãe. Até mesmo o seu amante muda de nome, já que no livro é Pedro Tercero e no filme é Pedro Segundo. Este torna-se um músico muito famoso e no filme nem se ouve falar de música. O filme perde muito, mas muito, em relação à história escrita. O livro traz-nos o Poeta, Pablo Neruda, conta-nos como o Partido Liberal venceu sobre o Partido Conservador, como as Forças Armadas assumem o poder no Chile, a perseguição aos liberais, o assassinato do presidente Allende. No filme, nada disso é mencionado e passa tudo muito ao lado, focando-se muito mais na vida pessoal de Trueba e a sua família. Outros pormenores, como Rosa (irmã de Clara) se dedicar a uma colcha de fantasia, Blanca fazer ao longo dos anos figuras para presépios, Clara ficar sem os dentes quando o marido lhe bate, Alba a brincar com a cabeça da bisavó que andava perdida na cave, Clara ter um cão que mais parecia um cavalo e que morre brutalmente no dia do seu casamento, o cabelo verde de Rosa e Alba, a empregada Nana... desaparecem com uma série de acontecimentos e personagens e seria de esperar que num filme com duas horas conseguissem integrar um pouco mais da história. Desilusão!