quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Daquelas amizades duradouras


Para quem vê de fora, provavelmente, esta parece só uma fotografia parvinha. Mas, para mim, tem um significado. Foi tirada em meados de novembro de 2006, portanto, há uma vida atrás. Há 12 anos, eu era uma pessoa diferente, com um contexto diferente e ainda com tanta coisa por acontecer que eu não fazia ideia. Era uma miúda de 18 anos e este foi o dia em que terminei a minha relação mais duradoura até à data. E foi das coisas mais difíceis que tive de fazer. Porque terminar uma relação nunca foi o meu forte e porque, como já referi numa das minhas publicações, acho sempre triste que exista uma separação, que o tempo que investimos naquela relação acabe por ir por água abaixo. Principalmente, porque, neste caso, eu ainda gostava da pessoa em questão, mas uma terceira andava a baralhar-me e eu só queria estar sozinha para evitar magoar qualquer uma das partes (eu incluída). As duas meninas que estão comigo na foto estavam à espera que a conversa terminasse para me receberem de braços abertos e passar a noite comigo, em casa de uma delas, onde fizemos muitas palhaçadas, tirámos fotos e conversámos muito. Foi um grande apoio para mim e evitou que me fosse enfiar no meu quarto sozinha a ter pena de mim própria. Duas boas amigas, que ainda conservo e que estarão, igualmente, lá para mim hoje em dia, quando precisar. Relativamente ao término da relação, o meu objectivo de não magoar nenhuma das partes falhou miseravelmente, porque acabei por magoar todos. A pessoa que foi o motivo da separação, porque ficou esperançosa e eu acabei por não ficar com ele, a mim própria por me sentir imensamente culpada por deixar uma terceira pessoa entrar no meu coração e arrependida de me separar de quem gostava e a pessoa de quem me separei. Que teve reticências em voltar a assumir uma relação comigo, mas que acabou por fazê-lo. Acredito que nem todas as relações sofram da mesma forma, porque nem todas as pessoas são iguais, mas a minha experiência pessoal é que não volta a ser a mesma. Nunca. No nosso caso, não voltou, nem da minha parte, nem da dele. Houve alguma coisa que quebrou ali e, dois anos mais tarde, acabámos por nos separar definitivamente.

3 comentários:

  1. Também tenho fotos assim... Que não fazem sentido mas que me dizem muito e que contam histórias que não quero esquecer. Apesar de todos terem sofrido acho que fizeste o mais correto naquele momento. Estavas confusa e acabaste por perceber como querias lidar com as coisas daí para a frente. Esse pormenor ajudou-te a chegar onde estás hoje ;)

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    1. Pois, eu senti que estava a fazer o mais correcto, porque precisava perceber o que fazer, era mesmo isso. Claro que vejo isso claramente agora, na altura, ao saber que toda a gente saiu magoada, não me senti tão bem com a decisão :P

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