sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sapo ou príncipe encantado?

Uma gaja quer toda aquela mariquice do romantismo, procura o príncipe encantado, a personificação da perfeição, aquele rapaz que vai gostar dela acima de tudo e tratá-la como uma princesa (saiba-se que ponho toda a culpa disto nos contos de fadas que nos mostram enquanto pequenas). Salta de sapo em sapo e príncipe, que é bom, nada. Depois de ser maltratada, espezinhada, de lhe partirem o coração várias vezes, de lhe fazerem promessas vãs, de se aproveitarem dela, de lhe mentirem e trairem, de a insultarem, usá-la repetidamente e abusarem da sua ingenuidade, boa-vontade e romantismo, naquele ponto em que ela está quase, quase a desistir... encontra O rapaz. Aquele que lhe dá tudo o que ela procurava. Mas, como nem tudo é tão bonito como se pinta, a coisa até dura, mas chega ao fim. Decide, então, que isso do romantismo, afinal, é capaz de não ser coisa para ela, deixa de procurar o príncipe e limita-se a afastar os sapos. Decide ficar sozinha, e aproveitar apenas os chamados flirts. E resolve deixar que os ditos sapinhos se comecem a aproximar. Aparecem, vindos sabe-se lá de onde, e ela pensa "Ele quer divertir-se, eu quero divertir-me, nada como um objectivo comum para a coisa funcionar". Pois que decide brincar, flirtar e move on. Mas eis que os sapinhos se começam a revelar príncipes, assustadoramente românticos, atenciosos, carinhosos. E uma gaja pensa "Onde estão os bons velhos sacanas que só querem dar umas voltinhas? E onde raio andavam estes gajos quando eu andava à procura deles?" e lá reconsidera... que talvez, só talvez... não seja assim tão mau esbarrar num príncipe encantado e give it a try.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A BFF

Hoje venho falar um bocadinho da minha relação com a minha melhor amiga. "Aquela" amiga! É certo que, quando nos conhecemos, não nos suportávamos. Mas isso era só porque eu ainda não tinha descoberto a rebelde que há em mim. Foi com ela que fiz essa maravilhosa descoberta e agradeço a todos os santinhos. Porque, vá lá, vamos concordar que ser certinha e aborrecida não tem a menor piada! Já perdi a conta à quantidade de recordações que tenho com esta miúda, mas sei que a maior parte é parvoíce atrás de parvoíce. E o que nós gostamos de parvoíce (sempre saudável)! A primeira dessas recordações que, assim de repente, me ocorre, foi quando decidimos, na inteligência dos nossos 14 anos, começar a mandar mensagens a um certo rapaz a gozar com a cara dele (mal sabia eu onde me estava a meter!). E assim o informámos que uma tal de Bebel (cof cof) fazia uns servicinhos por uns preços jeitosos. Não é que o rapaz já estava a alinhar e a perguntar onde e por quanto? O que o desespero faz... Foi com ela que fui, pela primeira vez, ao Bairro Alto; foi com ela que participei no primeiro jantar de um canal do saudoso mIRC (medo!); foi com ela que conheci meio mundo na net e, depois, pessoalmente; foi com ela que apanhei as primeiras bebedeiras (e muitas das que se seguiram, LOL); foi com ela que passei momentos inesquecíveis na Guarda (e o que se passa na Guarda, fica na Guarda - pelo bem da nossa sanidade mental); foi ela que me aturou todos os desgostos amorosos, organizou todas as festas comigo, passou inúmeras noites na minha casa e eu na dela, tirou fotos parvas comigo; foi com ela que me baldei a tantas aulas. Com ela, confesso que fiz a vida negra a uma professora de Física-Química, cantei muito Singstar, passei noites na discoteca Kaxaça, festejei Halloweens, bebi muita vodka preta; partilhámos momentos hilariantes a jogar pictionary, comemos muitos gelados do McDonald's na altura da escola, vivemos um momento triste de vomitar no comboio (ela! ahah), fizemos um caderninho das calinadas, fomos a um baile de finalistas na Guarda, onde tanto se passou, fizemos refeições preguiçosas em dias de nada fazer no Soda Cáustica; também na Guarda, vivemos aventuras até nas pensões onde ficámos, como receber uma rosa na porta do nosso quarto e ela pintar-me o cabelo de preto (super bem, diga-se de passagem) e sujar de tinta todas as toalhas que tínhamos; a passagem de ano em casa de uma amiga onde apanhámos uma bebedeira terrível de Carolans e shots estranhos, as idas à praia de Sesimbra, os cafezinhos no Sonho Real... e podia ficar aqui horas a contar-vos as nossas memórias infinitas! Afinal, sempre são quase dez anos. Não é por acaso que ela é a madrinha do meu filho! ;)

Da maternidade

Se me perguntarem como é a maternidade... posso responder que é das coisas que mais me preenche, que é a forma mais pura de amor. Mas isso é...