sábado, 29 de setembro de 2018

Quase a desovar

A menos de um mês de ter a bebé, já só peço para que ela venha rápido. Quero conhecê-la, abraçá-la, mimá-la, ver a carinha que a malvada não deixou ver uma única vez em nenhuma ecografia. E estou cada vez mais convencida de que, realmente, não fui feita para isto. Da primeira gravidez, nas últimas semanas, estava enorme e cansada e já sabia que não gostava de estar grávida. Agora, só gostava que estivesse a ser mais parecido com o que foi da primeira vez.😂Adormeço com frequência durante o dia no sofá, porque estou em frente à ventoinha e, assim, mais fresquinha, já que durante a noite não consigo descansar nada de jeito. Já expulsei o marido da cama, porque morro de calor e também porque preciso de espaço e, mesmo assim, é um desconforto terrível. Preciso de várias almofadas para estar minimamente confortável, mas depois causam-me calor! Acordo mil vezes durante a noite para ir ao WC e/ou porque estou colada aos lençóis. Tenho dores horrorosas nas costas e na bacia, que me obrigam a fazer um esforço sobrenatural para sair da cama e chegar ao WC. Já tudo me custa, não tenho vontade de falar com ninguém, estar com ninguém, porque estou sempre incomodada, com um calor como nunca tive e tudo me irrita. Contagem decrescente... já estou à porta das 37 semanas; não estou nada entusiasmada por ter que cuspir uma criança pelo pipi, mas que venha depressa!😄

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Movie review \\ Don't breathe


Sinopse: Rocky, Alex e Money são ladrões que fazem dinheiro invadindo casas de pessoas ricas em Detroit. Money sabe sobre um veterano de guerra cego que ganhou muito dinheiro pela morte da sua única filha. Pensando ser um alvo fácil, o trio invade a casa isolada do homem numa vizinhança abandonada. Após se verem presos lá dentro, os jovens invasores têm que lutar pelas suas vidas ao descobrirem que a vítima não é nada inofensiva.






Opinião: Acho que não é fácil fazer um filme inteiro dentro de uma casa, com um número reduzido de personagens e, ainda assim, cativar quem vê. Mas eu gostei de todo o suspense, de estar sempre com uma certa falta de ar pelo que iria acontecer a seguir. E se, inicialmente, estamos contra o sentido de moral muito retorcido dos assaltantes que se aproveitam de um cego, isso vai mudando conforme a história se desenrola, o que é muito interessante. O segredo deste homem é uma coisa assim mórbida e que dá um toque perturbador ao filme. Eu gostei!

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

As mamas das outras

O fundamentalismo da amamentação chateia-me. Mas acho que ainda me chateiam mais aquelas mulheres que dizem respeitar quem não dá mama e que acham muito bem que cada uma faça as suas próprias escolhas (há as que o dizem sinceramente e não é para essas que estou a falar), mas depois toda a postura e comentários pouco subtis sobre essa decisão é todo um julgamento. 

Como dizerem que não entendem "como é que algumas mulheres não conseguem e simplesmente desistem". Simplesmente?? Nem para todas a amamentação é uma coisa fácil e nem todas conseguem facilmente ultrapassar os obstáculos que ela acarreta. E a desistência de simples nada tem. Não entendem porque não passaram por isso.

Ou dizerem que é a coisa mais natural do mundo porque todos os mamíferos o fazem e que a dificuldade está toda na nossa cabeça. Não está. E quem diz isto é porque não passou, claramente, por grande dificuldade em amamentar. Não quero com isto dizer que é impossível, mas entendam, minhas senhoras: um bebé não pegar correctamente na mama, não conseguirmos perceber se mamou suficiente porque não temos como medir, mulheres com mamilos invertidos que podem dificultar a pega, as fissuras que podem surgir... não são coisas que se passam na nossa imaginação, acontecem na realidade e há que saber ultrapassá-las. E, às vezes, não é tão simples como vocês fazem parecer!

Outra pérola é afirmarem que, se por alguma razão, a mãe deixar de amamentar, tem tudo a ver com a alimentação dela, porque ela é que não se está a alimentar correctamente e, como tal, isso afecta o leite materno. Isto é só ridículo. Não é ridículo que isto possa incluir-se nos motivos que dificultam a coisa... mas sim assumir que isto é A RAZÃO para deixar de se dar mama. Todos os outros factores já referidos são só coisas inventadas!

E ainda comentários paternalistas do género "todas as mães que querem o melhor para o seu bebé, deviam fazê-lo". Mais precioso é ouvir isto da boca de algumas que nem nunca foram mães. Como se as outras, as que não dão mama, seja qual for o motivo, que é irrelevante, fossem todas más mães, que, obviamente, não querem o melhor para os seus filhos! Guardem essa diarreia verbal para vocês, sim?

Nem todas estão dispostas a sangrar enquanto dão mama, a morder um paninho para aguentar as dores enquanto o bebé está ali a massacrar o mamilo, nem sempre a bomba é tão espectacular como se diz para tirar o leite materno; e, pasme-se, algumas querem ter essa tarefa dividida com o pai do bebé e não ser exclusivamente responsabilidade delas. Todos os motivos são válidos. Até mesmo os que nos possam parecer mais fúteis, porque existem alternativas ao leite materno e, como tal, não cabe a ninguém decidir que motivos são aceitáveis ou não.

Há mães que não amamentam pelos mais variados motivos. Mas quando é por opção, são sempre olhadas de lado. Não têm que ser. Quem são vocês para julgar as outras e a forma como escolhem alimentar os filhos? Não os estão a fazer passar fome, nem a alimentá-los a merda, pois não? Então ponham-se lá no vosso lugar e fiquem caladinhas, que fazem melhor figura.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Séries \\ Dr. Ken


Sinopse: Dr. Ken é um médico brilhante que sempre tenta ser um bom profissional, bom marido e bom pai para os seus dois filhos. No entanto, as suas boas intenções acabam encontrando uma maneira de deixar toda a gente doida. Felizmente, a sua esposa terapeuta Allison é a pessoa perfeita para resolver todas as suas trapalhadas.

Allison & Ken

Ken numa audição

Clark e Dr. Ken

Halloween na clínica

Pat (o chefe), Damona e Ken

Opinião: Não era uma obra-prima, mas era uma série que me fazia rir. Infelizmente, foi cancelada ao fim de duas temporadas, mas se quiserem algo para vos entreter, não deixem de ver os episódios que saíram. O Ken é uma moca, muito engraçado. Adoro o Clark e a Damona, funcionários da clínica onde o Ken trabalha. Clark é um gay vegetariano adorável, que venera Ken; Damona é uma respondona, sempre divertida. Os 3 são as melhores personagens e criam cenas super engraçadas e capazes de nos arrancar algumas gargalhadas.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Carteiros preguiçosos

Se há coisa que me enerva sobremaneira é estar o dia todo em casa e o carteiro passar por cá e deixar na caixa do correio um papel para ir levantar uma encomenda aos CTT, assinalando no dito, ainda por cima, que o motivo é "Não atendeu". Mas que merda é essa?  Nem sequer tocaram à campainha, como assim, não atendi?! É que sobe uma raiva por mim acima... obrigam-me a ir lá levantar uma porcaria que me podiam ter entregue em mãos na minha casa, sem ter que me deslocar! Não lhes apetece é carregar com as coisas, então deixam-nas na estação dos correios e vão logo preparadinhos para deixar um papel odioso, que obriga o destinatário a lá ir buscá-las. Senhores carteiros, ide para o raio que vos parta. Só assim para não ser mesmo muito mal-educada.😤😠

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Sabichonas

Há dias, à porta da escola, encontrei uma conhecida, que me perguntou quando nascia a bebé. E depois me disse que também já sabia como era, porque já era a segunda vez. E eu respondi que, no entanto, a primeira, foi cesariana, pelo que não sei o que é um parto normal. Estava outra mulher ao lado, que não conheço de parte alguma, a não ser de vista ali da escola, que disse "Ai, não posso ouvir isso... é um parto à mesma!".

Eu estou grávida de 8 meses, com um humor de cão, super farta desta fase e a desejar que passe depressa para poder ter a minha bebé cá fora, mas mordi-me toda para não lhe responder torto. E disse apenas, educadamente, que não é a mesma coisa e, portanto, não sei como é passar por um parto normal.

Obviamente que a cesariana também é um parto. Defecar e urinar são expulsões corporais que implicam idas à casa de banho e não são a mesma coisa. Beber água e comer um bife implicam ingestão, mas não são a mesma coisa. Todos os bebés sujam fraldas, sejam meninos ou meninas, mas os órgãos genitais são diferentes, pelo que a limpeza também não é igual, apesar de ambos serem bebés. E por aí adiante...

Na cesariana, não expulsamos um bebé pelo canal vaginal. Não temos que fazer força até os olhinhos saltarem para fora. Não há episiotomia, o corte é na barriga e os pontos são diferentes, bem como a recuperação. A sensação que descrevem de ter que fazer força para o bebé sair para fora quando temos contracções? Não sei o que é! Nunca senti. Portanto, mulheres que se acham muito sabichonas, tentem lá compreender algo que é fácil de entender... quem passou por uma cesariana, não faz ideia do que é um parto normal. E vice-versa. Tá? Portanto, é perfeitamente natural que haja ansiedade pelo desconhecido que é passar por um tipo de parto que não se teve antes.

domingo, 23 de setembro de 2018

Movie review \\ 9/11


Sinopse: Um grupo de 5 pessoas fica preso num elevador da Torre Norte do World Trade Center no fatídico momento dos ataques de 11 de setembro. Eles não perdem a esperança e trabalham juntos para tentar escapar antes que aconteça algo pior com eles.





Opinião: O único ponto forte deste filme está nas imagens reais do 11 de setembro de 2001 que nos mostram, o impacto dos aviões nas torres, a queda, o fumo, as notícias sobre o atentado. O único outro momento onde senti drama foi no último segundo, no momento final, no olhar do personagem de Charlie Sheen, quando percebe que não tem salvação. O resto do filme é lixo. Passei o tempo todo à espera da emoção que se quer num filme sobre uma tragédia desta dimensão e nada. É todo passado no elevador, onde 5 desconhecidos ficam presos. Não nos remete, de todo, para o 11 de setembro, que era o que se pretendia. E as personagens não estabelecem ligação alguma, nem entre eles, nem com o espectador, na minha opinião. Não são exploradas, não são aprofundadas. A Whoopi Goldberg aparece também neste filme, sem qualquer protagonismo, sem qualquer brilho, sem um papel à sua altura e com aparições fugazes. Que mal aproveitada! Não aconselho, de todo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Preparação para o parto: os pais

Tivemos uma aula neste curso direccionada aos homens, aos pais destes gordos fofos que carregamos nestas barrigas já imensas. E devo dizer-vos que é uma experiência interessante, algo engraçada, porque todos eles estão ali com um certo desconforto, todos com o mesmo olhar, a mesma expressão que diz claramente que preferiam estar em todo o lado menos ali, a ouvir falar de massagens ao períneo, contracções, bebés a sair pelo canal vaginal (com explicações muito visuais), a receber indicações da enfermeira de como nos ajudar, como fazer massagens, como respirar connosco, o que dizer (ou não dizer!) na altura em que a mulher está em trabalho de parto. Estão ali a levar uma chazada sobre todo o processo e, francamente, não há como não achar piada à cara deles. Para nós, mulheres e, principalmente, grávidas já em final de tempo, isto de falar sobre assuntos destes e de andar sempre de perna aberta já é o habitual. Para eles, não é bem assim. Portanto, piquenas grávidas que tencionem fazer aulas de preparação para o parto, levem-nos convosco. Nem sabem onde se hão-de enfiar quando a enfermeira se dirige a eles.😂

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Movie review \\ A Idade do Gelo: O Big Bang


Sinopse: A épica perseguição de Scrat pela bolota acaba por levá-lo até ao espaço, onde acidentalmente desencadeia uma série de eventos cósmicos que transformam e ameaçam o Mundo da Idade do Gelo. Para se salvarem, Sid, Manny, Diego, e o resto do grupo devem deixar a sua casa e embarcar numa missão cheia de comédia e aventura, viajando por novas terras exóticas e encontrando uma série de novas personagens coloridas.






Opinião: Foi um dos primeiros filmes que vi este ano. Para dizer a verdade verdadinha, acho que é uma saga que já vai sendo tempo de terminarem. Continua a ter personagens engraçados (acho que vou adorar sempre o Sid!), mas já deu tudo o que tinha para dar, penso eu. Desde o primeiro filme para este, foi, gradualmente, perdendo a piada. Certo que isto é direccionado, maioritariamente, para crianças e também foi por isso que vi, porque estava na companhia do meu filho. Contudo, algumas animações cativam imenso os adultos e esta já teve o seu auge. Tem demasiadas personagens, o título já não assenta nos cenários e já não traz nada de novo. Porém, se a vossa intenção é passar um momento em família com os pequenos, é sempre uma opção. Só acho que, já que o estamos a fazer, mais vale escolher um filme que todos possam apreciar.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Daquelas amizades duradouras


Para quem vê de fora, provavelmente, esta parece só uma fotografia parvinha. Mas, para mim, tem um significado. Foi tirada em meados de novembro de 2006, portanto, há uma vida atrás. Há 12 anos, eu era uma pessoa diferente, com um contexto diferente e ainda com tanta coisa por acontecer que eu não fazia ideia. Era uma miúda de 18 anos e este foi o dia em que terminei a minha relação mais duradoura até à data. E foi das coisas mais difíceis que tive de fazer. Porque terminar uma relação nunca foi o meu forte e porque, como já referi numa das minhas publicações, acho sempre triste que exista uma separação, que o tempo que investimos naquela relação acabe por ir por água abaixo. Principalmente, porque, neste caso, eu ainda gostava da pessoa em questão, mas uma terceira andava a baralhar-me e eu só queria estar sozinha para evitar magoar qualquer uma das partes (eu incluída). As duas meninas que estão comigo na foto estavam à espera que a conversa terminasse para me receberem de braços abertos e passar a noite comigo, em casa de uma delas, onde fizemos muitas palhaçadas, tirámos fotos e conversámos muito. Foi um grande apoio para mim e evitou que me fosse enfiar no meu quarto sozinha a ter pena de mim própria. Duas boas amigas, que ainda conservo e que estarão, igualmente, lá para mim hoje em dia, quando precisar. Relativamente ao término da relação, o meu objectivo de não magoar nenhuma das partes falhou miseravelmente, porque acabei por magoar todos. A pessoa que foi o motivo da separação, porque ficou esperançosa e eu acabei por não ficar com ele, a mim própria por me sentir imensamente culpada por deixar uma terceira pessoa entrar no meu coração e arrependida de me separar de quem gostava e a pessoa de quem me separei. Que teve reticências em voltar a assumir uma relação comigo, mas que acabou por fazê-lo. Acredito que nem todas as relações sofram da mesma forma, porque nem todas as pessoas são iguais, mas a minha experiência pessoal é que não volta a ser a mesma. Nunca. No nosso caso, não voltou, nem da minha parte, nem da dele. Houve alguma coisa que quebrou ali e, dois anos mais tarde, acabámos por nos separar definitivamente.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

O último trimestre


É o título do tópico publicado no fórum De Mãe para Mãe, que podem ler ao aceder a esse link. Acho que mães de segunda viagem ou que estejam agora já nos "finalmentes" da gravidez podem identificar-se bastante com algumas coisas lá escritas nos próprios comentários. As que ainda não chegaram lá também podem dar um olhinho, para saber o que vos pode esperar.😂

Eu sei que me identifiquei e que essa publicação podia ter, facilmente, sido feita por mim sem mudar uma única palavra. Já passei por uma gravidez antes e sabia que era uma fase mais chata, mas... além de ter sido uma gravidez mais tranquila, o último trimestre foi no fresquinho do outono/inverno, já que o Leo nasceu em janeiro. Isto de passar o fim da gravidez no verão é toda uma outra coisa.

E o que é que o último trimestre me trouxe? Pés inchados. Pés muito inchados! Parecem dois pequenos leitõezinhos que tenho a suportar o meu peso. A médica e a enfermeira dizem-me para beber muita água, fazer duche de água fria desde a coxa até ao pé e muito repouso. Ora, não faço eu outra coisa senão repousar, porque a mobilidade, nesta altura, já começa a ser pouca.😂

As mãos também incharam e, apesar de não ser tão visível como nos pés, eu senti. Tive que deixar de usar o anel de noivado, a aliança de casamento e ainda um outro anel que nunca tirava. Temi que se não o fizesse, chegasse o dia em que não me ia circular o sangue nas mãos, que aquilo já começava a apertar mais do que a conta.

Acessos repentinos de calor. Ora, quem já me lê há algum tempo, talvez saiba que eu sou super avessa ao calor. E que não o suporto facilmente. Mas nunca, senhores, nunca me custou tanto como agora. Passo as 24h do dia com calor. Uma coisa descomunal. Acordo durante a noite a ter que me ir passar por água, para conseguir adormecer novamente. Ando sempre transpirada e tenho assim acessos, ondas de imenso calor, mesmo estando à frente de uma ventoinha, numa sala com ar condicionado ou debaixo do chuveiro!

Não conseguir estar de barriga para cima. Seja a dormir, a ler ou a ver televisão, é-me impossível estar nesta posição, a miúda já está grande, já ocupa muito espaço, pressiona-me tudo e parece que nem respiro em condições. De maneiras que está fora de questão.

Lavar os pés durante o banho. Um dos comentários nesse tópico até diz "Pés? Quais pés?", o que me fez rir! É verdade. É uma tarefa hercúlea, exige imenso de mim! Mal chego lá. A parte positiva de estar a passar por uma gravidez de verão é não ter que me baixar para calçar, porque só uso chinelos.

Pessoas que, constantemente, dizem: "então, está quase?!". Não... não está quase! Esta conversa, especialmente se fizerem logo uma barriguinha grande, começa cedo. E torna-se exaustivo, porque não está quase coisa nenhuma e, para nós, ainda parece mais tempo, porque já pesa, já cansa e a vontade de mexer já é zero, acompanhada com a ansiedade que vai crescendo nas últimas semanas, com o aproximar do parto.

Os xixis constantes. Ora... a vontade de ir à casa de banho aumenta com a gravidez, regra geral, mas no último trimestre é outro nível. Especialmente depois de os bebés darem a volta, porque encontram um brinquedo novo: a bexiga da mãe! E até podes só ter lá 3 gotinhas, que se o bebé andar a fazer dela trampolim, tens que ir a correr para a sanita. E depois chegas lá muito aflita e xixi é praticamente nulo.😂

Dores nas costas e na bacia. A barriga já é enorme, o aumento de peso já atingiu maiores proporções (mais numas que noutras, claro), já são muitos meses e a recta final já acarreta mais movimentos e pressão por parte do bebé que está a ficar sem espaço, tendo que comprimir os órgãos lá dentro e mexer-se no pouco espaço que tem, sendo que, às vezes, é bastante incómodo para a mãe. Contudo, se ele não se mexer tanto, a ansiedade surge porque ai-meu-deus-que-não-sinto-o-meu-bebé.

Irritabilidade e falta de paciência para tudo. O calor também não colabora com este ponto. Tudo me enerva, não quero descarregar em quem não tem culpa e me é mais próximo, mas, por vezes, sinto-me um bicho mal-humorado, a quem não se pode dizer nada. Isto reflecte-se, muitas vezes e principalmente, no pobre do marido.😂 Homens, sejam pacientes... vocês não fazem ideia do que as hormonas nos fazem.

E pronto, acho que é isto. Gravidinhas ou mamãs, identificam-se?

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

O difícil que é amamentar

Quando tive o Leo só amamentei durante os primeiros dois meses, não porque não quisesse (apesar de que não considero uma experiência tão agradável assim), mas porque ele desistiu da mama ao fim desse tempo. Na última aula de preparação para o parto, a enfermeira falou-nos imenso sobre este assunto e eu percebi que há 10 anos, quando tive o meu filho, tudo correu mal. E que talvez tenha sido por isso que não passou dos dois meses.

Para começar, acho que ele fazia mal a pega na mama, para além de começar muito sôfrego (foram dois meses de massacre aos meus mamilos...) e depois adormecer. Eu fazia-lhe cócegas nos pés, dava-lhe beliscões suaves nas orelhas, tudo o que me diziam, mas, ainda assim, ele chegava ao fim da mamada a chorar. E não era falta de leite, que tinha tanto que me sentia uma vaca leiteira! Talvez por fazer mal a pega, não mamava tudo o que devia até ao fim, pelo que acabei por ter o leite a encaroçar e a fazer-me febre. Agora, sei que o leite não é igual do início ao fim da mamada do bebé, primeiro sai a lactose, depois a proteína e no fim os lípidos, pelo que, para ficar saciado, tem que tirar tudo; e isso não acontecia.

Segundo ela nos explicou, uma má pega pode causar fissuras no mamilo e não é uma coisa simpática, digo-vos já. Estive 3 dias no hospital quando ele nasceu e já saí de lá com tudo massacrado, tendo sido horrivelmente difícil amamentar naquele estado. Fiquei logo traumatizada e, a partir daí, foi sempre a correr mal.

Eventualmente, comecei a tentar tirar com a bomba que tinha. Pelos vistos, nos primeiros 20 segundos em que o bebé mama, faz movimentos curtos de sucção para estimular a saída do leite, antes de começar, efectivamente, a mamar e com a bomba devemos fazer o mesmo e não começar logo a dar exaustivamente à manivela, à espera que o leite saia na boa. Também ninguém me explicou isso, pelo que mal conseguia tirar leite (e não percebia porquê, já que tinha imenso) e era uma tortura.

Tentei os bicos de silicone, para colocar por cima do mamilo, a ver se ele pegava melhor. Também não resultou, continuava no mesmo pagode... Agora, sei que aquilo tem diferentes tamanhos, relacionados com o diâmetro do mamilo e que devemos medir antes de ir à farmácia comprar. Na farmácia, nem sempre nos dizem isto. E se não for o tamanho certo, é óbvio que não funciona. Penso que terá sido isto que aconteceu comigo.

Por último, como ele ficava sempre com fome, o pediatra acabou por nos dizer para iniciar o suplemento. Segundo a enfermeira que nos dá as aulas, mais facilmente os médicos dão a indicação para o suplemento do que ajudam na amamentação. E eu segui as indicações do pediatra. E foi o início do fim da amamentação, porque depois de pegarem na tetina do biberão, que é tão fácil de chuchar, já começam a não achar tanta graça a pegar na mama, especialmente quando, como no caso, não está a correr bem.

Agora, vamos ver como corre com a Alice. Pessoalmente, não acho graça nenhuma ao acto de amamentar, claro que também não tive uma boa experiência... mas ter um bebé pendurado nas minhas mamas nunca foi coisa que quisesse experimentar ou pela qual ansiasse. Nunca senti o vínculo de que tanto falam, que vem com esses momentos. Mas nunca quis deixar de tentar, por ter a noção de que é o melhor leite para o bebé e mais prático e barato do que a fórmula. Veremos...

Boazinhas

Se há coisa que, geralmente, me irrita na ficção são as personagens "boazinhas". Há uma ou outra que escapa, vá. Que conseguem suscitar em mim uma simpatia. Porém, na sua maioria, só me passam a imagem de coisinha sem sal, nojentinha, crédula e ingénua, que quer sempre fazer "a coisa certa", que não tem defeitos, que é um anjo na terra, de quem toda a gente gosta, excepto, obviamente, os vilões. Ugh! Não consigo simpatizar com esta espécie. Lamento.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Casa da minha infância

Frequentemente, oiço pessoas a falar carinhosamente das memórias que têm dos avós ao longo da sua infância, das coisas boas que lhes proporcionaram durante o seu crescimento, pormenores que lhes recordam a proximidade e cumplicidade com a família nesses tempos, os cheiros da infância que os remetem muitas vezes para a casa da avó e os dias lá passados. E eu nunca me identifiquei com isto, porque nunca o senti. Nunca passei dias em casa dos meus avós, nem maternos, nem paternos. Nunca gostei da comida da minha avó, nem nunca fui mimada por eles com beijinhos, docinhos, coisinhas boas ou as vontadinhas todas feitas. Não me lembro do cheiro, nem do toque dos meus avós na minha infância, nem sequer de passar muito tempo com eles. Nem tampouco mostram o amor pelos netos com lamechices, como a maior parte.

Contudo, ao ir a Coimbra neste fim de semana, fui visitar uns tios-avós que lá vivem e apercebi-me que essas memórias lhes pertencem a eles. Não vivemos perto e não passei a minha infância enfiada lá em casa, mas costumávamos ir lá nas férias. Gostava de passar tempo com a minha prima, uns anos mais velha que eu e a única filha dos três que ainda vivia em casa dos pais na altura. A casa tem r/c (cujos quartos estão alugados a estudantes), primeiro andar (onde os meus tios vivem) e sótão, que, actualmente, já foi renovado e transformado em dois quartos, uma sala e uma casa de banho, mas na época, era apenas um sótão, cheio de tralha. E aquela casa, para mim, era um mundo. 

No primeiro andar, existe uma porta que dá acesso aos outros dois pisos, com umas escadinhas de cimento estreitas e sem corrimão, que me parecia sempre uma espécie de caminho secreto. Adorava descer lá abaixo, ver as portas dos quartos alugados fechadas e imaginar o que lá estava por trás; tudo silencioso e eu a percorrer o corredor em bicos de pés para não perturbar o silêncio, para não denunciar a minha presença. Saía pela porta que dava acesso à rua, dava a volta ao quintal, onde me lembro bem de haver galinhas e animais sempre presentes, subia as escadas e corria para o terraço. Entrava pela porta da cozinha dos meus tios e voltava a correr para a porta por onde tinha entrado inicialmente.

Subia muitas vezes ao sótão, adorava explorar tudo o que havia por lá. Não eram mais do que recordações e tralha da família, mas eram pequenos tesouros para mim. Tinha imensas coisas da escola da minha prima, às quais eu adorava passar revista, bonecos e brinquedos que ela já não usava, pois estava demasiado crescida para isso, trapos e toda a espécie de coisas que me fascinavam (sim, eu deslumbrava-me com pouco). Nunca esqueci o cheirinho e do sabor do pão (que não encontrei igual em mais lado nenhum) que eles tinham sempre em casa, comprado no café do outro lado da estrada, que era tão molinho como estaladiço e tão apetitoso que ainda me cresce água na boca só de pensar.

Na rua deles, fiz uma amiga, uma menina cujo nome não me recordo, mas do que me lembro é de ir brincar para casa dela, que ficava no último andar; tinha uma clarabóia no sótão onde nós brincávamos; e a mãe dela dava-nos nestum de uma forma que me marcou e que é assim que ainda hoje faço, quando como: misturado no leite, como é suposto, mas polvilhado com alguns flocos secos por cima. Achava aquilo fantástico, porque não era assim que comia em casa e adorava. 

Quanto aos meus tios, eram (e continuam a ser) pessoas mais empáticas, mais carinhosas, mais dadas aos miúdos. E a comida da minha tia era (e é!) sempre boa. E lembro-me de tudo isso. Claramente. Gosto sempre de voltar àquela casa, porque me sinto transportada. E sempre bem recebida. E sinto ali uma ligação que nunca senti e continuo a não sentir com os meus avós, apesar de viverem há muito tempo na mesma cidade que eu e desde sempre mais perto que os meus tios. Como é com vocês? Têm memórias nostálgicas dos avós? Ou, como eu, transferiram-nas para outros familiares? Ou nem sequer existe tal coisa na vossa vida?

O Meu Conto de Fadas #17

O primeiro filme


Esta foto foi tirada apenas para guardar uma memória, a do dia em que fomos a primeira vez ao cinema. Foi em Agosto de 2012, para ver o Ted. Habitualmente, as idas ao cinema, jantares foras, etc., começam antes ou no início das relações, mas nós não seguimos essa regra e já namorávamos há 7 meses quando fomos ver o primeiro filme juntos, no cinema do Jumbo de Setúbal, antes de ter sido transformado no Alegro.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Coimbra, Setembro 2018

Na 6ª feira, arrancámos para um fim de semana em família, do qual voltámos ontem. Soube a pouco (não sabe sempre?), mas foi óptimo. Quisemos aproveitar o final das férias escolares do Leo e um tempinho a três antes da grande reviravolta na nossa vida que vai ser o nascimento da pequena Alice. Passear grávida de 34 semanas, quando já tudo me incomoda e o calor nunca me larga, mesmo quando o tempo não está quente, não é uma tarefa fácil. Portanto, não fizemos grandes passeios e caminhadas para ver tudo e mais alguma coisa, como noutra circunstância qualquer, mas antes aproveitámos para relaxar e visitar familiares que vivem lá e nos recebem sempre de sorriso aberto. 

As duas primeiras noites passámos num alojamento em Ançã, chamado Casa de São Tomé, que recomendo vivamente. É num recanto muito sossegado, perfeito para descansar e desligar de tudo e a mais-valia de ter uma piscina. Tudo muito giro e limpo, os anfitriões super simpáticos e calorosos e um pequeno-almoço maravilhoso com tudo fresquinho, que nos deixou com vontade de voltar lá novamente, durante mais tempo, desta vez.






Almoçámos por lá num restaurante que descobri online, o Brunn's Coffee Diner, onde se come bem, os pratos que experimentámos eram bons, sim senhor, e tem uma decoração incrível, que foi o que, verdadeiramente, me chamou a atenção durante as minhas pesquisas. Ao entrar lá, parece que estamos a entrar directamente nos anos 50, é muito giro.









Por último, decidimos, finalmente, levar o pequeno ao Portugal dos Pequenitos. Tínhamos vindo a adiar, por causa do preço e aquilo é, efectivamente, um bocado carote, mas resolvemos fazer o sacrifício para ele conhecer o espaço. Tinha lá ido duas vezes, tanto quanto sei, uma com os meus 2 ou 3 anos, outra com 10 ou 11, quando já tinha a minha irmã. E acho que gostei da experiência. Desta vez, já com 29 anos e estando no estado em que estou, confesso que não achei tanta piada assim. Pá, é giro e tal, os miúdos acham um piadão àquilo tudo em miniatura (o Leo adorou as casinhas), mas não vale, definitivamente, o que se paga, na minha opinião.

















Da maternidade

Se me perguntarem como é a maternidade... posso responder que é das coisas que mais me preenche, que é a forma mais pura de amor. Mas isso é...