Ontem vi esta imagem no facebook, que gerou toda uma polémica. Houve um comentário que foi o que despoletou a indignação geral. E esse comentário dizia, basicamente, que, hoje em dia, a maioria dos miúdos são ingratos e mal-educados. Seguiu-se um rol de insultos à pessoa que disse isto e a maioria afirmava que os filhos são aquilo que os pais fazem deles e que a pessoa em questão só podia ser má mãe, para fazer uma afirmação daquelas.
Vamos lá por partes. Em relação à imagem, há, de facto, pessoas que pensam que ter filhos não é uma coisa boa. Ou melhor, não é o que querem para a sua vida, não faz parte dos seus objectivos. Mas estão no seu direito e ninguém pode julgá-las por isso. Se a pessoa não quer ter filhos, é melhor mesmo que não os tenha, as crianças devem ser queridas e amadas. E, relativamente ao amor verdadeiro, também é verdade que não há como ter filhos para saber o que isso é. Por muito que amem os vossos animaizinhos, irmãos, maridos... o amor por um filho é tudo.
No entanto, a parte em que diz que eles não querem saber do dinheiro que os pais têm, do carro que conduzem ou da sua aparência, já não é tão verdade assim. Concordo que, até certo ponto, a educação que os pais dão aos filhos conta muito. Dá-lhes as bases para a pessoa que se vão tornar. Mas, a partir de certa altura e de certa idade, os filhos decidem se querem ser a pessoa que lhes ensinaram a ser ou enveredar por outro caminho. E, infelizmente, nem sempre fazem a escolha certa e acabam por ter vergonha da situação financeira dos pais, do seu aspecto físico ou de outra coisa qualquer.
Mas isso serve para os dois lados. Se o amor de um filho é tudo, significa que falam do amor de um filho pela mãe/pelo pai. Portanto, não é preciso ter filhos para perceber o que é amor verdadeiro. Eu sei o que é amor verdadeiro sempre que olho para a minha mãe e também o sei sempre que vejo o olhar do meu pai, quando a minha irmã ou eu estamos doentes (ele mostra menos, mas nessas alturas, NOSSA!!!)... Quem tiver a sorte de ter pais, também conhece amor verdadeiro. :) Só de outra perspectiva. (Embora, tanto eu como a minha irmã sejamos umas galinhas com a minha mãe. Ela tem de dizer quando chega ao destino, se sair. Tem de avisar se demora... :'D Acho que, aqui, somos 3 filhas umas das outras.)
ResponderEliminarQuanto ao último parágrafo, está no ponto. O carácter que a pessoa desenvolve, já nem sempre depende da educação. Nuns casos, infelizmente, noutros, felizmente.
K, claro... eu entendo o que dizes. Também tenho mãe e pai, não seria nada sem eles e sei do que falas. Mas, ainda assim, acho que o sentimento por um filho se sobrepõe. Mas eu falo por mim, claro :)
ResponderEliminarNo entanto, onde quero chegar, sobretudo, é que os filhos muitas vezes acabam por não dar o valor devido aos pais ou não demonstram o amor que sentem por eles. Talvez os tomem por garantidos. Eu, pelo menos, sinto que o amor pelo meu filho é absolutamente avassalador. Sou muito mais afectuosa com ele do que alguma vez fui com os meus pais (e dou-me extremamente bem com eles, temos uma óptima relação).
Há várias formas de amor verdadeiro, reconheço isso. Mas, para mim, que já experienciei o amor como mulher, mãe, irmã e filha, sinto que aquele que mais me preenche é o que tenho pelo meu rebento :P
Talvez tenha qualquer coisa a ver com o facto de se ter tornado um ser humano dentro de mim, de ser parte de mim, não sei :)
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