Vá, vamos lá falar do Conan. Não entendo este destilar de ódio, esta ridicularização do jovem e da música. O que há de tão absurdo nela? Quanto ao resto do repertório dele, não sei, mas desta tenho que confessar que gosto! É por ser diferente? Por ter um aspecto excêntrico? Acho até que é o ideal para um festival, em vez da vergonha de música que foi O Jardim e aquela coisinha sem graça do Salvador Sobral.
Acho que muita gente tem línguas e dedinhos tão nervosos, sempre prontos para dizer mal, que não tomam a atenção que deviam às coisas que aparecem. Pessoalmente, acho que a letra da Telemóveis é até bastante profunda e actual e deviam dedicar-se mais a ouvir em condições e menos a criticar.
Eu interpreto como uma forma de alertar o público para aquilo que todos sabemos, mas em que nunca pensamos realmente: devemos dar importância e valor às pessoas enquanto as temos connosco, porque quando elas partirem, não há tecnologia que permita a comunicação para matar a saudade.
Mas além disso, a sonoridade é gira! É diferente, alternativa. Essa fixação que a malta tem por tudo o que é comercial e standard já enjoa. Deixem-se de carneiradas, aprendam de uma vez que o diferente não tem que ser necessariamente mau. Sempre ouvi dizer... se gostássemos todos de azul, o que seria do amarelo?
Também não desgosto, mas a do Salvador era mais gira.
ResponderEliminarO rapaz é que era, todo ele, estranho.
Mas este também o é.
Não o seremos todos?
Beijocas