quarta-feira, 5 de abril de 2017

Room


Sinopse: A história é contada pela divertida e comovente perspectiva de Jack. É uma história de um amor imenso que sobrevive a circunstâncias aterradoras, e da ligação umbilical que une mãe e filho. Para Jack, de cinco anos, o quarto de 7m2 é o mundo todo; é onde ele e a Mamã comem, dormem, brincam e aprendem. Embora Jack não saiba, o sítio onde ele se sente completamente seguro e protegido, aquele quarto, é também a prisão onde a mãe tem sido mantida contra a sua vontade. Para ele, não existe mais nada além daquele espaço, porque a mãe, Joy, faz tudo para tornar suportável a vida ali, apesar de não ver a hora de escapar. Assim, acaba por elaborar um plano, que põe em prática com a ajuda do filho, para fugir ao "Velho Nick", que os mantém prisioneiros.






Opinião: É um filme extremamente comovente. É a adaptação de um livro (que não li, por isso, não posso dizer se há falhas na passagem para ecrã) e mostra-nos, sobretudo, como uma criança vê e interpreta as situações. Para este menino, o espaço onde está confinado com a mãe é toda a sua existência, porque nasceu ali e nunca conheceu nada fora daquelas paredes. Nunca viu pessoas ou animais, sem ser na televisão e julga que é tudo inventado, é tudo imaginação, como os desenhos animados. A personagem da mãe fez-me criar empatia com ela, por, apesar de estar a passar por uma terrível provação, ter feito os possíveis, e todos os dias continuar a tentar fazê-lo, para que o filho aprenda a ler, tenha com que se entreter e tenha, no fundo, uma rotina. Traz-nos o maior laço de amor e união de sempre entre estes dois. Mas, para mim, o maior destaque vai mesmo para o miúdo. Uma vénia a este pequeno actor, que nos transmite tão bem todas as emoções de Jack, brilhantemente interpretado! E a personagem é simplesmente impossível de não gostar. A sua visão inocente de toda aquela situação, a coragem para pôr o plano da mãe em prática, a sua descoberta do mundo, o quão fascinado e assoberbado fica com a existência de tudo: pessoas, barulho, carros, árvores; a mais pequena coisa o espanta e o assusta. Chega a pedir à mãe para voltar ao Quarto, afinal, o lugar que sempre conheceu, onde tinha as suas rotinas, onde se sentia seguro e protegido e onde a mãe estava, constantemente, presente. No mundo real, também ela está a lidar com a adaptação de ter que voltar à sua vida e à família e também não é fácil, afectando assim a relação com o filho. Aconselho mesmo, mesmo!


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