quarta-feira, 28 de março de 2018

Até sempre...

Hoje foi um dos dias mais difíceis da minha vida. O meu tio, um dos mais próximos, morreu. No domingo de manhã, foi internado, já inconsciente, devido a um AVC hemorrágico. Entrou em coma profundo. Já sabíamos que não ia acordar. Têm sido dias complicados. Hoje veio a notícia pela qual já esperávamos. Mas que não custou menos por isso; passei o velório inteiro com um nó na garganta, chorei e chorei sem saber onde ainda guardava tantas lágrimas. Até hoje, o meu filho não sabia de nada. Quando o meu tio partiu, fui contar-lhe. Chorou imenso e disse-me que queria muito vê-lo uma última vez e pediu se podia ir deixar-lhe uma flor da sua cor favorita. Senhores, como isto me partiu o coração. Sofrer por uma perda destas e ver o meu filho sofrer tanto com ela também. Custou-me, mas acedi. Deixei-o ir à capela, ainda antes de começar a chegar toda a gente, quando ainda só estávamos nós, os meus pais e a minha irmã. Despediu-se e o B. levou-o embora a chorar ao colo dele.


Estive no velório das 17h à 00h, recebi muitos abraços, beijinhos e condolências. Passei o tempo angustiada, mas senti que precisava de estar ali e fazer o luto. Tinha 54 anos, era irmão da minha mãe e o melhor amigo do meu pai, o companheiro dele de todos os dias. Sempre em festa, sempre com um sorriso na cara. Adorava e passava o tempo a cantar Mamonas Assassinas. Hoje, juntou-se a eles. Tio, estarás sempre no meu coração. Até sempre.

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