terça-feira, 24 de outubro de 2017

Trabalhar no estrangeiro


Sempre houve muita gente a emigrar à procura de uma vida melhor, um emprego mais estável, um rendimento mais alto, melhores condições no trabalho e maior qualidade de vida. Sempre aconteceu e continua a acontecer, porque, infelizmente, por cá, nem sempre há condições para nos mantermos no nosso país e levarmos o nível de vida que achamos justo e merecido. Conheço algumas realidades: de pessoas que foram sozinhas, sem nada que as prendesse cá, estiveram fora durante algum tempo e voltaram; outras (a maioria, na verdade) foram e fizeram a vida delas por lá; e, ainda, casos de casais, em que uma das partes vai e a outra fica. Porém, nunca dediquei muito tempo a pensar como é, na realidade, a vida assim. Admito que não era uma vida que eu fosse capaz de adoptar, a de ir para fora, levar o meu filho (porque nem pensar em ir seja para onde for sem ele) para longe de tudo o que conhece, separá-lo da família... sendo ele super chegado aos meus pais e irmã. Contudo, surgiu agora uma oportunidade de o B. ir trabalhar para fora durante dois anos, em princípio. Não é um emprego de sonho, mas é bem pago, estadia e alimentação pagas. No fundo, ia ter poucos gastos e seria mais dinheiro a entrar para o nosso orçamento familiar. Racionalmente, não é difícil ver qual o melhor caminho, certo? Só que não é só isso que pesa. Não sei qual seria o impacto desta mudança na nossa relação, na nossa família. E não sei se estou preparada para isso. Ainda estamos a pesar os prós e contras, mas não me agrada pensar que o B. vai estar tão longe de nós durante tanto tempo... perde o convívio do dia-a-dia connosco, partes do crescimento e da evolução do pequeno, deixamos de partilhar pequenas coisas e pormenores que vão passar ao lado, porque, por muito que a internet e a tecnologia ajudem e aproximem as pessoas, não há absolutamente nada como a interacção pessoal, principalmente, numa relação amorosa e familiar. É um afastamento inevitável, porque acabamos por não viver em família. Qual a vossa opinião sobre este assunto?

13 comentários:

  1. Tudo isso se faz, com sacrifício. A questão principal a meu ver é que vocês querem ter um filho. Sem o teu companheiro cá é complicado isso acontecer...

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    1. Eu sei que tudo isso se faz, com sacrifício, mas acho que é um grande sacrifício :/ escolhes viver a tua vida com uma pessoa e acabas por passar um grande período de tempo das vossas vidas a viver em separado, como se lida com isso?

      Quanto ao resto do teu comentário, sim... isso também pesa... ou bem que fico cá sozinha e grávida ou bem que adio esse projecto mais tempo...

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    2. Dependo muito do tipo de pessoa que és e da relação que vocês têm. Vivi toda a minha infância e adolescência com um pai que chegava a trabalhar 6 meses seguidos fora de casa e só aos domingos é que era dia de telefonema. Agora até com as novas tecnologias essa distância fica mais fácil. Acabou por ser fácil porque a minha mãe dava uma grande normalidade ao dia a dia. Só tu podes saber se és esse tipo de mulher e de mãe...

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  2. Só passando pela situação é que realmente pensamos nisso.
    Se a oportunidade é boa, se vos vai trazer coisas boas, 2 anos passam a voar.

    Mas claro, fácil não será =/

    Beijocas

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  3. Não é uma situação fácil.
    Tenho amigos e já tive família fora, que entretanto voltaram porque é difícil estar longe de todos e perder momentos importantes.
    Todos dizem a mesma coisa: ganha-se muito dinheiro é verdade, mas o dinheiro não é tudo.
    Agora, tudo depende das prioridades de cada um.
    Força na decisão *

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    1. Pois, dilemas... tb penso que o dinheiro não é tudo e que deve ser muito difícil viver assim. Não é impossível, mas há-de ser complicado.

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  4. Muita gente vai para o estrangeiro procurando por uma vida melhor,umas vezes corre bem,outras corre mal,contudo,as saudades das pessoas que ficam por cá sentem-se sempre,mas o que interessa é nunca ficar infeliz por causa disso,é um pouco difícil e complicado mas com paciência e calma,tudo se consegue!!

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  5. Por mim, até emigrava... mas agora, com o bebé, nem pensar em afastá-lo da família!

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    1. É isso que penso também. Acho que não seria capaz de tirar isso ao meu filho!

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  6. Já tive a oportunidade mas não tive coragem de deixar a minha família!

    Bjxxx
    Ontem é só Memória | Facebook | Instagram

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