sábado, 21 de outubro de 2017

Da ficção nacional


De há uns anos para cá, já aparecem casais gay nas novelas portuguesas, o que considero ser um progresso na aceitação das pessoas com esta orientação sexual na sociedade. São integrados na ficção nacional como qualquer casal, mostrando-nos que têm vidas e relações iguais a toda a gente. Infelizmente, sei que há e sempre vai haver muito preconceito e homofobia, mas eu, pessoalmente, escolho ignorar a existência dessas mentes pequeninas e aplaudo a progressiva aceitação da diferença do considerado comum. Aplaudo também os actores que se sentem confortáveis em fazer estes papéis, que incluem carinho e beijos entre pessoas do mesmo sexo, é bom perceber que nem toda a gente neste país se sente repugnada com uma coisa que eu vejo como tão natural. Contudo, não posso deixar de reparar que aparecem sempre casais do sexo masculino e nunca feminino. Intriga-me. Talvez até já tenha surgido e eu, assim de repente, não me estar a lembrar, até porque não assisti a todas as novelas que já passaram na televisão. Porém, do que me lembro, não é costume aparecerem lésbicas e eu pergunto-me porquê. Principalmente, porque nesta sociedade machista, duas mulheres a trocar carinhos é sempre melhor aceite do que dois homens com o mesmo comportamento. Será que a razão é essa e a ideia é mesmo incutir nas pessoas a normalidade de um casal homossexual do sexo masculino?

2 comentários:

  1. Tenho ideia que houve uma novela portuguesa com um casal lébica, super discreto, mas estava lá.
    Não consigo é recordar-me qual.
    Ainda assim, que me lembre foi a única.

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  2. Eu acho que é por isso sim. Duas mulheres é uma situação muito erotizada, vai tirar todo o sentido ao facto de estarem a mostrar que duas pessoas do mesmo sexo podem ter uma relação, vão ver aquilo como um acto meramente sexual. Além de que o que gera mais repulsa nas pessoas é ver um casal de dois homens, por isso até acho bem que seja nisso que pegam, para ver se as mentes se abrem mais um bocado... devagarinho, as mentalidades hão-de mudar

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