quarta-feira, 20 de março de 2013

O respeito numa relação


Conheço um casal que mantém uma relação que eu não consigo compreender. Estão juntos há, mais ou menos, um ano, mais coisa, menos coisa. Ela vai para a porta dele de madrugada, liga-lhe constantemente, duvida quando ele lhe diz onde está e o que está a fazer, liga para terceiros a confirmar. Quando discutem, discutem a sério, andam à porrada, envolvem vizinhos, amigos, família e o que mais houver. Numa das brigas, ela ligou-me a chorar, desesperada, à procura dele, porque queria vê-lo para falarem. Estava ela com a avó dele, a desfiar tudo o que se tinha passado. Já assisti a discussões entre eles e é coisa que me deixa sempre estupefacta! Ela bate-lhe, ele bate-lhe de volta... depois da mais recente, onde ela lhe partiu tudo o que tinha em casa e ele lhe rebentou o lábio, ela apresentou queixa na polícia. 

Não sou ninguém para julgar, não é a minha relação que está em causa, mas não compreendo como suportam estar juntos. Discussões todos os casais têm, mais ou menos acesas, e resolvem-se de forma civilizada. Ou, pelo menos, era assim que devia ser. Há limites que não se ultrapassam e aqui já foram todos ultrapassados, na minha opinião. A partir do momento em que partem para a agressão, perde-se todo o respeito pela relação e pela outra pessoa. Para além disto, envolvem toda a gente que os rodeia e, logo depois, reatam como nada se tivesse passado. Como se não fosse suficientemente mau desrespeitarem-se um ao outro, ainda metem toda a gente ao barulho. Não entendo! Eu não lido bem com discussões, detesto violência e não sou capaz de envolver terceiros em discussões. Se há coisa que detesto é lavagem de roupa suja em público.

A rapariga em questão afirma que, quando se ama, perdoa-se tudo, traições, insultos, porrada. Caramba, isto não é amor! Para mim, quem ama, não chega a este ponto, tão simples quanto isto. O cúmulo é mesmo o confronto físico. Isso não se perdoa, de maneira nenhuma! Nem de uma parte, nem de outra. É uma falta de respeito e é inconcebível, para mim, continuar numa relação onde este tipo de coisas acontece. Será que há muita gente a pensar que coisas como esta são aceitáveis?

6 comentários:

  1. Ainda estou meia "palerma" ao ler o teu pos´t.

    Na minha opinião, isso não é amar. É apenas uma guerra entre ambos. E quase que tenho a certeza que nunca vai dar certo!

    Quando eles morarem juntos, não sei como vai ser então!

    Quando se chega ao cúmulo de bater noutra pessoa, esquece, a relação acaba por completo! É esta a minha opinião.

    Beijinhos Grandes Cy.

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  2. Para mim, isso não é amor.
    Beijinhos

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  3. Karina, eu concordo contigo. E tbm acho que uma relação assim não tem pernas para andar. Inicialmente, tentava pôr água na fervura, nós (amigos) falávamos com eles. Agora? Desenmerdem-se, porque tanto faz falar como não falar, q o desfecho é o mesmo. Desde que não me envolvam mais!

    rosinha, para mim, também não!

    Beijinhos

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  4. Eu lamento imenso que em pleno século XXI, estas situações aconteçam.
    Mas digo-te querida, que no meu tempo ainda eram camufladas, hoje em dia é tudo à descarada.
    Batem-se, esfolam-se, traem com a melhor amiga, ou o melhor amigo, ou com a " pega " da noite, ou o parasita que vive às custas do pai, sentam o amante ou a amante na mesma mesa do casal no café,
    " comem " os namorados ou namoradas dos amigos/as e no fim perdoam tudo e começam o ciclo viciado de novo.
    Estou a falar de pessoas adultas, com formação universitária e que perderam todo o respeito por elas!
    Isto não é amor, é masoquismo. Se acontece quando namoram, o que será que o futuro lhe reserva quando casarem?

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  5. Vivi, espero que se apercebam, um dia, que não é assim que vão ser felizes e a coisa mude! Entre os dois duvido... mas talvez encontrem pessoas com as quais consigam manter outro tipo de relação.

    Beijinho

    P.S. - mandei-te um mail sobre os comentários irem para spam, viste?

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  6. Na verdade também conheço alguns casais onde a confiança não é coisa que exista entre ambos e muitas vezes o respeito mútuo foge para parte incerta. No entanto, acho que nunca conheci (ou nunca soube desses pormenores) nenhum casal assim como o que descreves.
    Para mim seria insuportável viver uma relação assim. Não admito desconfiança e faltas de respeito nem se fala.
    Às vezes penso que o que une essas pessoas é o medo de ficarem sozinhas. Para muita gente ainda é mal visto ser-se solteiro/a. Talvez porque ainda não descobriram que para se ser feliz com alguém, é necessário primeiro sermos felizes conosco próprios.

    ndnan.blogspot.pt

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